O antropólogo que foi senador se recusava a ser resignado
e dizia que era preciso inventar o Brasil que queremos
No sarau desta última segunda-feira, o Arte em Andamento homenageou o antropólogo mineiro Darcy Ribeiro. Tendo iniciado sua vida profissional como antropólogo, depois se torna educador e logo chega ao cargo de Ministro da Educação, no governo João Goulart.
Exerceu diversas atividades no meio político e sua produção na área da educação e da cultura deixou marcas no país: criou universidades, centros culturais e uma nova proposta educativa com os Centros Integrados de Educação Pública, os Cieps, além de deixar inúmeras obras traduzidas para diversos idiomas.
Darcy foi nomeado imortal da Academia Brasileira de Letras, em 1993 por sua incansável produção literária e nos últimos anos de vida o Brasil teve conhecimento também de sua obra poética. Darcy Ribeiro também foi o responsável pela criação da Universidade de Brasília - UnB. Sua atuação é tão extensa que chegou a ser assessor de Salvador Allende, no Chile.
Foi nos últimos anos de vida, em 1996, que cria a Fundação Darcy Ribeiro. Localizada em sua antiga residência em Copacabana, com o objetivo de manter viva sua obra e elaborar projetos nas áreas educacional e cultural. Um de seus últimos projetos lançado publicamente foi o Projeto Caboclo, destinado à fixação do caboclo na floresta amazônica.
A Fundação atua em diversas frentes, sempre com ligação educacional. O principal projeto da Fundação é a Universidade Aberta, criada pelo próprio Darcy. A Fundação é um espaço cultural aberto, com visitação e consultas gratuitas. Além dos arquivos de Darcy (são centenas de documentos, livros, fotos, cassetes e fitas de vídeo), há uma coleção de arte que pertencia a ele e à sua esposa Berta, com preciosidades como uma tela de Glauco Rodrigues e uma escultura de Victor Brecheret.
A casa onde funciona a Fundação fica na Rua Almirante Alexandrino, 1991, Santa Teresa.
Para saber mais, clique aqui.
Imagens: gentilmente cedidas pela Fundação Darcy Ribeiro
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