O destino da música independente é discutido
pela cantora e compositora Glaucia Chris
Numa espécie de evolução cybernética a música independente deixa seus guetos e cai na boca do mundo. Está ali. A um clique de distância. Depois do advento do Napster, a produção fonográfica nunca mais foi a mesma, a chuva de mp3 se espalhou pelo espaço virtual com uma velocidade tão grande que obrigou a indústria musical colocar o pé no freio e rever seus conceitos e formas de produção. Na grande verdade, o pensamento das MASTERS não mudou muito. Eles ainda focam a produção em massa e continuam (como não poderia deixar de ser) visando o grandioso lucro acima de tudo. No entanto eis que surge uma luz no fim do túnel. O mercado independente veio pra curar todos os males e trazer à tona uma produção musical digna, inovadora, experimental, excepcionalmente criativa e com uma qualidade técnica que não deixa nada a desejar. Pelo contrário. Como diria minha avó, se é a necessidade que faz o sapo pular, os artistas independentes dão grandes saltos frente ao mercado fonográfico.
Foi-se o tempo de achar que quem fazia música independente é porque não tinha espaço no “mercadão”. Foi-se também o tempo de achar que música independente era aquela feita nos porões da cidade, de forma obscura, e longe da visão burguesa acostumada aos moldes da produção em massa. Hoje estamos a um clique da novidade. Os artistas independentes criam cada vez mais formas e espaços nas ondas sonoras e liberam suas músicas pra qualquer canto do planeta. Prova disso são os sites onde as bandas e artistas solo divulgam seus trabalhos: Myspace, Palco MP3, Itunes, Youtube. O mais curioso é o fato de que as únicas empresas que facilitam a circulação e divulgação dessas bandas, não sejam do ramo da música (Oi Novo Som, Conexão Vivo), e que enxergaram ali um mercado promissor.
O mercado independente veio pra ficar, e nós, público consumidor, só temos a ganhar!
www.myspace.com/glauciachris
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