domingo, 14 de junho de 2009

O DIA DE PAULO LEMINSKY


Nesta segunda-feira, dia 15/06, teremos a edição 14 do Sarau Arte em Andamento.

Nesta edição teremos a participação musical de Thiago Thomé, cujo som pode ser conferido no My Space do Arte em Andamento.

E pela primeira vez, no Sarau, teremos a exposição fotográfica virtual de Camila Vedoveto (cuja foto foi utilizada no flyer desta edição), jovem fotógrafa com um trabalho bastante lírico.

O recital poético desta noite será em memória do poeta paranaense Paulo Leminsky, falecido em junho de 1989.

E temos novidades!

No dia 27/06, teremos o Arraiá Arte em Andamento no Club Antonieta e em julho estaremos presentes na programação alternativa da Flip - a OFF FLIP, em Paraty!

Nossa programação também pode ser conferida no Agenda Arte em Andamento.

Como de praxe, o espaço fica aberto e esperamos todos com alguma contribuição com poemas, textos, música. Vamos fazer juntos uma grande festa das artes!

Paulo Leminsky

Paulo Leminsky Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 - Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, tradutor e professor brasileiro.

Mestiço de pai polonês com mãe negra, Paulo Leminski Filho sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra.


Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo hai kais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares.

Conheceu em Belo Horizonte, Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras.

Leminski casou-se, aos dezessete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968).

Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista.

Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela.

De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.

Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso.

Veja vídeo com Leminsky






Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.

Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular.

Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura (gravada por Caetano Veloso em 1981).

Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso e o grupo A Cor do Som entre 1970 e 1989. A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.

Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes;

Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era faixa-preta de judô.

Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.

Já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre

nunca mesmo o sempre passo
morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso e clareia a alma
morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma.

Um comentário:

  1. obrigada!
    são sinceras... pois a poesia é alma de um poeta... e as almas não mentem...

    beijos, com amor e valentia,

    catarina

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