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O Sarau Arte em Andamento chega à sua 11ª edição e convida todos a compartilhar poesia, música e todas as formas de arte que conhecemos na próxima segunda-feira, 04/05, 20:30.
Vamos comemorar nessa edição o sucesso do Arte em Andamento Especial e fazer com que o projeto que contempla os artistas independentes e todos aqueles que amam arte ultrapasse o que já vem conquistando e alcance novas possibilidades.
Nosso espaço fica sempre aberto para quem quiser se aproximar e mostrar seu trabalho.
Contaremos com a presença musical do Projeto Psyou, além de muita poesia, conversas e alegria.
Nosso recital poético da noite será em memória do modernista Ronald de Carvalho. E já que o poeta se inspirou em Baudelaire e Verlaine, convidamos aos poetas para também declamarem estes e realizarmos um delicioso sarau.
Participe desse projeto! Traga seus poemas, instrumentos musicais, performances e venha fazer conosco uma grande festa das artes!
Sarau Arte em Andamento:
No Art Hostel Rio
Rua Silveira Martins, 135 - Catete
Ronald de Carvalho
Diplomata e literato brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, um dos mais significativos expoentes do modernismo brasileiro.
Após formar-se em direito (1912), ingressou na carreira diplomática (1914). Conciliando a literatura com a diplomacia, seus primeiros poemas denotavam forte cunho simbolista.
A estreia em livro ocorreu com Luz gloriosa (1913), que revelava influência de Verlaine e Baudelaire. Participou na Semana de Arte Moderna (1922), iniciando sua criação no âmbito do modernismo.
Morreu em um acidente de automóvel no Rio de Janeiro, quando era secretário da presidência da república. Em sua obra também foram destaques Poemas e sonetos (1919), Pequena história da literatura brasileira (1919), Epigramas irônicos e sentimentais (1922), Toda a América (1926), considerado sua obra mais representativa da fase poética, Espelho de Ariel (1923) e Estudos brasileiros (três séries: 1924-1931).
Anoitece...
Ronald de Carvalho
Anoitece...
Venho sofrer contigo a hora dolente que erra,
Sob a lâmpada amiga, entre um vaso com rosas,
Um festão de jasmins, e a penumbra que desce...
Hora em que há mais distância e mágoa pela terra;
Quando, sobre os chorões e as águas silenciosas,
Redonda, a lua calma e sutil, aparece...
O rumor de uma voz sobe no espaço, ecoando,
Mais um dia se foi, menos uma ilusão!
E assim corre, igualmente, a ampulheta da vida.
Senhor! depois de mim, como folhas em bando,
Num crepúsculo triste, outros homens virão
Para recomeçar a rota interrompida,
E a amargura sem fim de um mesmo sonho vão...
Nos dormentes jardins bolem asas incautas,
Sobre os campos a bruma ondeia, devagar.
Estremecem no céu estrelas sonolentas
E os rebanhos, que vão na neblina lunar,
Agitam molemente, ao longe, as curvas lentas
Das estradas de esmalte, ao rudo som das frautas.
Anoitece...Tremula ainda, no poente, a luz de alguns clarões,
E, enquanto sobre o meu teu olhar adormece,
Entre o perfil sombrio e vago dos chorões,
Redonda, a lua calma e distante, aparece...
Publicado no livro Poemas e Sonetos (1919).
Veja as fotos do Arte em Andamento Especial no Club Antonieta!
Arte em Andamento Edição Especial |
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