sexta-feira, 17 de abril de 2009

O DIA DE ALVARES DE AZEVEDO - Edição 10


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O Sarau do Projeto Arte em Andamento chega à sua décima edição e com uma novidade.

Na próxima sexta-feira, 24 de abril, teremos um evento especial no Club Antonieta.

Já temos confirmadas as presenças musicais de Fabiana Tolentino, Vinícius Castro, Victor Dornelles, Glaucia Chris e Projeto Psyou.

A poesia de Hilda Hilst na performance de Cristina Terra, entre outras atrações.

Para maiores informações, acesse nossa AGENDA ARTE EM ANDAMENTO

Pro nosso sarau, o Projeto Psyou abre a noite e avançaremos com muita música e poesia, além da tradicional exibição de curta-metragem.

O espaço fica sempre aberto para quem quiser mostrar seu trabalho: poemas, instrumentos musicais, performances serão sempre bem vindos.

Nosso recital poético será em memória do poeta romântico Álvares de Azevedo, que faleceu em 25 de Abril de 1854.

Nossa décima edição acontecerá nesta segunda, dia 20/04, as 20:00.

Álvares de Azevedo


Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Nascido a 12 de setembro de 1831 em São Paulo, onde seu pai estudava, transferiu-se cedo para o Rio de Janeiro.

Sensível e adoentado, estuda, sempre com brilho, nos Colégios Stoll e Dom Pedro II, onde é aluno de Gonçalves de Magalhães, introdutor do Romantismo no Brasil.

Aos 16 anos, ávido leitor de poesia, muda-se para São Paulo para cursar a Faculdade de Direito.
Torna-se amigo íntimo de Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, também poetas e célebres boêmios, prováveis membros da Sociedade Epicuréia. Sua participação nessa sociedade secreta, que promovia orgias famosas, tanto pela devassidão escandalosa, quanto por seus aspectos mórbidos e satânicos, é negada por seus biógrafos mais respeitáveis.

Mas a lenda em muito contribuiu para que se difundisse a sua imagem de "Byron brasileiro".
Sofrendo de tuberculose, conclui o quarto ano de seu curso de Direito e vai passar as férias no Rio de Janeiro. No entanto, ao passear a cavalo pelas ruas do Rio, sofre uma queda, que traz à tona um tumor na fossa ilíaca.

Sofrendo dores terríveis, é operado - sem anestesia, atestam seus familiares - e, após 46 dias de padecimento, vem a falecer no Domingo de Páscoa, 25 de abril de 1852.

Obras:
Lira dos Vinte Anos, 1853;
Pedro Ivo, Macário, A Noite na Taverna, 1855

O lenço dela

Quando a primeira vez, da minha terra
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante suspirando
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.

Um romance cantou de despedida,
Mas a saudade amortecia o canto!
Lágrimas enxugou nos olhos belos...
E deu-me o lenço que molhava o pranto.


Quantos anos contudo já passaram!
Não olvido porém amor tão santo!
Guardo ainda num cofre perfumado
O lenço dela que molhava o pranto...


Nunca mais a encontrei na minha vida,
Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto!

Oh! quando eu morra estendam no meu rosto

O lenço que eu banhei também de pranto!

Imagens

Veja as fotos da última edição de 06/04




Arte em Andamento 9

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