Entre os dias 13 e 17 de fevereiro, o Theatro Municipal de São Paulo foi palco do movimento artístico mais controverso e abrangente do país. A Semana de Arte Moderna propriamente não teve grande importância no momento em que ocorreu, mas sim o seu desdobramento.
 |
| Oswald de Andrade |
As sessões, que se estenderam por três dias no teatro, foram na verdade uma forma de exibir ao público ideias nacionalistas pautadas num ideal libertário. O grande precursor dos ideais modernistas, provavelmente foi Oswald de Andrade totalmente impregnado pelo futurismo do poeta Filippo Tommaso Marinetti. É famosa a expressão de Oswald dizendo que estávamos atrasados 50 anos chafurdados no Parnasianismo.
Nas artes plásticas, Anita Malfatti e Lasar Segall demonstram suas influências não acadêmicas e pós-impressionistas. Na ocasião, Anita foi fortemente criticada por Monteiro Lobato, o que gerou grande confusão. Em 2010, o CCBB realizou uma excelente exposição exibindo a trajetória de Malfatti e comentada aqui no blog.
 |
| Manuel Bandeira |
Manuel Bandeira, hoje considerado um dos mais influentes modernistas, apesar de não ter participado do evento por estar com crise de tuberculose, publicou A Cinza das Horas e Carnaval e teve seu poema "Os Sapos" lido por Ronald de Carvalho e vaiado pelo público presente.
Foram dias agitados aqueles e diversos outros movimentos surgiram a partir da Semana. O Movimento Pau-Brasil, capitaneado pelo então casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral e o Movimento Antropofágico.
E por falar em Tarsila, o CCBB Rio realiza um percurso afetivo pela obra da pintora que expôs pela primeira vez há 86 anos atrás. Mas este é um assunto pra um próximo post.
 |
| Os organizadores da Semana de Arte Moderna, à frente Oswald de Andrade. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário