segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DANÇANDO COM MICHAEL


A pergunta que não quer calar: Michael era poeta? Na opinião dos fãs e da tradutora Thereza Christina Rocque da Motta era sim e dos bons. Quem teve acesso ao livro lançado em 1992 nos Estados Unidos e à edição lançada no ano de sua morte também em língua inglesa pode conferir, mas agora chegou o momento dos brasileiros terem sua própria versão em português.

O encontro entre Thereza Christina e Leandro Lapagesse se deu há um ano e meio quando a dona da Ibis Libris Editora foi conhecer o livro do fã que contava suas loucuras pelo ídolo, incluindo a história de como conseguiu ir ao velório de Michael. Foi neste dia que a editora teve o primeiro contato com o livro de Michael e fez a mesma pergunta: Ele era poeta? E em seguida: Ele era bom?

Thereza Christina Motta traduziu
o livro de MJ
Thereza se apaixonou pelo texto sensível do astro pop e rapidamente comprou os direitos da versão em português. É a primeira tradução do livro "A Dança dos Sonhos". Para quem quiser conferir se ele era bom mesmo, basta chegar hoje à Livraria Saraiva no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro e ouvir a leitura dos poemas pela boca de artistas como Cláudia Jimenez, Armando Babaioff, Bruno Garcia, Maria Clara Gueiros e Lúcia Mauro Filho, além da presença de Nikki Goulart, sósia de Michael. 

O lançamento será às 19h e acontece no sábado também em São Paulo na Livraria da Vila, às 14h.

Mas a data de hoje não foi escolhida ao acaso para o lançamento. Michael Jackson faria 53 anos nesta segunda-feira. É motivo de sobra para comemorar em grande estilo.

clique para aumentar
A Dança dos Sonhos
Poemas e Reflexões
Michael Jackson
Trad: Thereza Christina Rocque da Motta
Ibis Libris Editora
Preço: R$ 70,00

Na próxima segunda tem Noite Maiakovski no Arte em Andamento! Prepare seus poemas!

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

COMPANHIA DE SEGUROS CANCELA EXPOSIÇÃO COM TEMÁTICA HOMOSSEXUAL EM LISBOA



Uma exposição do artista plástico português João Pedro Vale, com inauguração prevista para 2 de Setembro no Espaço Arte Tranquilidade, em Lisboa, foi cancelada ontem por uma questão de homofobia, adiantou o artista ao jornal português PÚBLICO. A direção de marketing da Tranquilidade comunicou-me hoje por telefone que o projecto no seu todo poderia suscitar polêmica e não era compatível com os valores da empresa, diz João Pedro Vale.

A exposição, intitulada “P-Town”, cuja montagem deveria começar em 31 de Agosto, baseia-se numa coleção de fatos históricos ocorridos na cidade norte-americana de Provincetown, onde João Pedro Vale e o seu parceiro artístico Nuno Alexandre Ferreira estiveram em residência artística. Uma das peças era uma ‘fanzine’ cuja capa mostra um monumento transformado em símbolo fálico; outra, é um conjunto de toalhas de praia com inscrições em ‘stencil’ de frases como: ‘Legalize butt sex’ [“legalizem o sexo anal”] ou ‘AIDS is killing artists, now homophobia is killing art [“a sida está a matar os artistas, a homofobia está a matar a arte”], explica o artista.

Contactado pelo PÚBLICO, Luís Toscano Rico, diretor de marketing da empresa, não negou que a exposição tenha sido cancelada, mas preferiu não fazer comentários. Remeteu esclarecimentos para as galerias com as quais a Tranquilidade tem parcerias.

O Espaço Arte Tranquilidade, gerido pela Companhia de Seguros Tranquilidade, tem um acordo com três galerias de arte de Lisboa, que ficam responsáveis pelas propostas de programação do espaço. Um delas é a Galeria Filomena Soares, que habitualmente representa João Pedro Vale. O diretor da galeria, Manuel Santos, disse que está de férias e não tem conhecimento “de nada”.O problema, aqui, era não só a imagem fálica da ‘fanzine’, que propus que fosse utilizada como ‘banner’ na fachada do espaço e num anúncio pensado para o jornal Expresso, mas também a temática gay do meu trabalho, sublinha o artista. Não me falaram da questão gay, mas disseram que o problema era a temática geral.

Apesar de o cancelamento da exposição ter sido feito por telefone, João Pedro Vale garante que marcou por email uma reunião com o diretor de marketing da Tranquilidade e que essa reunião aconteceu nesta terça-feira. Foi aí que começaram a levantar problemas, relata. Foi-me dito que a exposição poderia ferir a sensibilidade dos ‘stakeholders’ da Tranquilidade, foi essa a palavra utilizada, e pediram-me para deixar as fotografias das peças para que eles reflectissem sobre o assunto. Toda a gente naquela reunião percebeu que se estava a falar de uma situação de lápis azul.

João Pedro Vale, 34 anos, assina várias obras de temática homossexual. Expõe individualmente desde 2000. Nesse ano, apresentou um conjunto de peças intitulado “Don't Ask, Don't Tell, Don't Pursue”, em referência à política das Forças Armadas norte-americanas que proibia os militares homossexuais de revelarem a sua orientação sexual. Em Novembro de 2009, apresentou na sala de cinema pornográfica Paraíso, em Lisboa, o filme “Hero, Captain and Stranger”, com cenas explícitas de sexo entre homens. Em Novembro de 2010 apresentou no Cinema Nimas, em Lisboa, o filme “English As She Spoke”, sobre um emigrante adolescente que descobre a homossexualidade nos EUA.


Fonte: Jornal Público


Confira a Agenda da Confraria para saber todos os eventos que serão realizados.


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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SEMEAR ARTE É UMA MISSÃO


Ontem, depois de meses de espera, a livraria República do Bardo foi inaugurada na Av. Rainha Elizabeth, Copacabana. A noite desta quinta-feira deixou em todos nós a marca indelével da missão que existe em todo artista. 

Pensando nisso, o Arte em Andamento desta segunda será um chamado para que todos nós assumamos a missão de semear arte por todos os cantos. Não há terra infértil, onde se colocar a semente, nascerá e dará bons frutos. 

A Fazenda Tolstói nos recebe mais uma vez para o sarau que fará sua edição 57 nesta segunda-feira, às 20h. A entrada é franca e o espaço é aberto aos artistas que quiserem se apresentar. Traga poemas, instrumentos musicais, compartilhe arte e afeto.

Para confirmar nosso compromisso, Bruno Henríquez inspirou-se no tema para criar a filipeta. Frutos coloridos, uma árvore com galhos brilhantes num túnel de cores onde pessoas dançam felizes. Uma forma psicodélica de demonstrar a felicidade que só a arte e o amor podem gerar. A frase é trecho de um poema de Anne Morrow Lindbergh, esposa do primeiro homem a cruzar o Atlântico de avião numa viagem América - Europa. 

Venha fazer arte conosco!

Sarau Arte em Andamento
Edição 57
22/08 às 20h
Na Fazenda Tolstói
Rua Álvaro Ramos, 394 - Botafogo

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DIA NACIONAL DAS ARTES - UMA REFLEXÃO

O Artista - foto de A. Leitão

Hoje é dia nacional das Artes. Vamos comemorar! Vamos celebrar nossa batalha diária de trabalhar com arte, de fazer nossos pais, namorados e amigos compreenderem que de fato trabalhamos e muito. Mesmo que o dinheiro no final do mês nos obrigue a trabalhar em outras frentes para não morrermos de fome e muito menos dormirmos ao relento. Melodramático demais, não?

O fato é que podemos comemorar sim. Anteontem o governo do Rio lançou seu plano de editais 2011 / 2012 com uma gorda quantia para distribuição em diversas áreas. Até pra quem vive de funk o negócio tá virando. Mas ainda há muito que se fazer. Enquanto damos o prêmio Anta do Ano para Paulo Henriques Britto, o poeta que acredita haver apenas 300 leitores de poesia no Brasil, nos esquecemos que como ele, muitos outros pensam de modo semelhante. 

O que nos leva a pensar mais acerca do público de arte. Ah! O público. O bom e velho problema que ao mesmo tempo é nossa solução. Reclamamos do público fraco, do público que vê apenas as "pecinhas comerciais de stand up ou humor fácil". Feito comadres, passamos a separar o que é e o que não é artístico (neste momento me lembro do famoso texto de Gullar na voz de Antônio Abujamra). 

Levi Van Veluw
Paulo Autran, o grande ator, dizia que gostava de assistir a tudo. Tudo o divertia, tudo era teatro. Me parece que estes atores da velha guarda conseguem se divertir mais do que nós pretensos artistas da nouvelle vague brasileira. Gostamos de arte, gostamos de fazer arte e gostamos mais ainda quando nossos iguais nos reconhecem. E torcemos o nariz para os stand ups da vida, mas de fato, quantos de nós já os assistimos? Enquanto Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ítalo Rossi e sua companhia dos sete faziam teatro a rodo, nós nos permitimos ficar dois, às vezes três anos, sem montar nada porque entramos na onda do processo. Tudo é processo... E como todo processo, tudo demora...

Há de tudo: peças que só fazemos para festivais, diretores que vivem correndo atrás de editais, atores que só fazem aquilo que lhes apetece. Temos de tudo, sim senhor! Mas hoje em dia precisamos ganhar dinheiro. Mas como vamos ganhar dinheiro se não trabalhamos? E dá-lhe editais. Só queremos trabalhar se o edital sair e garantirmos nosso ano de ensaios e 20 apresentações. Falamos tanto de futebol, mas acho que nosso jogo também tá meio emperrado por falta de paixão.

Nem todo mundo é assim. Não vamos generalizar, mas cabe aqui uma defesa de advogado do diabo, será que não estamos burocratizando demais nossa profissão? Será que as faculdades que frequentamos não estão servindo para construirmos nossos próprios guetos e esquecermos do principal? Afinal, para quem fazemos arte?

Por
Jean Cândido Brasileiro

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

NOVO PONTO DE ENCONTRO LITERÁRIO


Copacabana vai sair ganhando a partir do dia 18 de agosto. Mais precisamente, a Rua Rainha Elizabeth. Vamos explicar melhor. A poeta e tradutora Thereza Christina Rocque da Motta, dona da Ibis Libris Editora em sociedade com Gláucio Pereira, da livraria Museu da República e o advogado Gustavo Carvalho Miranda, inaugurará sua própria livraria.

Da paixão por Shakespeare surgiu o nome República do Bardo, mesmo que a poeta tenha maiores afinidades pela monarquia. Como as livrarias comandadas por Gláucio mantém o termo República, sua sociedade com Thereza não seria diferente.

A livraria funcionará na Av. Rainha Elizabeth, 122 - Copacabana. A seu lado fica um charmoso café - Apetite. O acervo será prioritariamente de poesia e teatro e provavelmente em breve se tornará um delicioso ponto de encontro de bons e novos amigos.

A localização não poderia ser melhor. A avenida leva o nome da rainha da Bélgica que passou a se dedicar às artes após a morte de seu marido, o Rei Alberto I.

A inauguração será marcada pelo retorno do sarau Ponte de Versos, evento que existe há 12 anos e coordenado pela poeta e coincidirá com o aniversário de 11 anos da editora Ibis Libris. Fique ligado para fazer parte dessa nobreza.

Livraria República do Bardo
Inauguração: 18/08
Av. Rainha Elizabeth, 122 - Copacabana


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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O RETORNO DA CONFRARIA


A Confraria de Arte Brasileira traz de volta o Arte em Andamento para o Rio de Janeiro. O projeto, que estava em recesso desde Abril, retoma suas atividades com a edição 56 do sarau. Apesar de ter acontecido na programação alternativa da Festa Literária Internacional de Paraty (Off Flip 2011), a Confraria estava com dificuldades de encontrar espaço ideal no Rio de Janeiro.

Quem recebe esta edição do Arte em Andamento é a Fazenda Tolstói. A casa, que serviu de residência para a saudosa atriz Zilka Salaberry, eternamente em nossa memória como a D. Benta do Sítio do Picapau Amarelo, está se preparando para se tornar um centro cultural.

A edição do sarau acontecerá nas dependências da espaçosa cozinha da casa com direito a cafezinho aos convidados. A produção do projeto pede aos confrades que tragam suas xícaras, além dos poemas, instrumentos musicais e demais manifestações.

A ideia é que o Arte em Andamento vá se transformando cada vez mais num grande coletivo que ocupe o espaço inteiro. "Estamos repensando a estrutura de apresentação do projeto e várias mudanças podem ser esperadas para quem já conhece o Arte em Andamento. Uma coisa, entretanto, garantimos. O espaço da poesia está reservado e o aconchego tão peculiar dos nossos saraus também", afirma Jean Cândido Brasileiro, diretor do projeto.

Estão todos convidados para esta festa das artes, na Rua Álvaro Ramos, 394 - Botafogo. Para quem não conhece, esta rua fica próxima da Rua da Passagem. Abaixo, inserimos o mapa. O horário é o mesmo: 20h e vamos até 1 da manhã. Ah! E a entrada é franca.


Acesse o evento criado no facebook e confirme seu presença!


Exibir mapa ampliado

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O RETORNO DO PEQUENO GIGANTE



A noite da última terça-feira foi emblemática para o Rio de Janeiro. Muitos podem nem ter conhecimento disso ou não terem notado, mas uma verdadeira aurora boreal se formou a partir do centro da cidade, ali na Cinelândia. Na noite de ontem, cerca de oito e meia da noite, o presidente da Funarte declarou reaberto, depois de oito anos, o Teatro Dulcina. 

Fechado depois de uma profunda decadência, quando muitos acreditaram que não haveria mais volta, o teatro, inaugurado em 1935 como Teatro Regina e comprado por Dulcina de Moraes e seu marido Odilon Azevedo em 1952, quando o nome foi alterado para Teatro Dulcina. Vendido na década de 70 para o Ministério da Edução e Cultura, o Dulcina passou por um profunda restauração, retornando ao seu aspecto original art decó.

A noite contou com a presença de Sérgio Mamberti, responsável pela obra em sua gestão da Funarte e com a ministra da cultura Ana de Hollanda. Após os discursos de abertura e um depoimento emocionado de Nicete Bruno, ex-aluna de Dulcina, o público foi agraciado com trechos de uma entrevista dada pela atriz lidos no palco por Bibi Ferreira, Marília Pêra e Nathália Timberg. 

foto: Jean Cândido Brasileiro
A programação especial de reinauguração do teatro traz espetáculos com Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Os Fodidos Privilegiados - companhia que nasceu no Dulcina sob a batuta de Antônio Abujamra, Ponto de Partida - companhia mineira e fecha em Setembro com espetáculo de Peter Brook. Para conhecer a programação completa, acesse o site da Funarte.



ARTE EM ANDAMENTO DE VOLTA!
Nesta segunda-feira, 8 de agosto, às 20h, o Arte em Andamento realiza um retorno aos saraus. Será na Fazenda Tolstói, novo espaço que se propõe à dedicação às artes. A casa foi residência da atriz Zilka Salaberry e em homenagem realizaremos um sarau na cozinha da casa (que já é bem grande). 
Rua Álvaro Ramos, 394 - Botafogo.
A casa fica perto do Bar Bukowski.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

CENSURA SEM LIMITES


O Brasil tem um histórico interessante de proibições baseadas no “achismo”. Parece fato consumado que as opiniões por aqui realmente se limitem ao “eu acho”, “me disseram que”.  Há pouco mais de uma semana fomos pegos de surpresa pelo poeta Paulo Henrique Britto que afirmava haver somente 300 leitores de poesia. Em 1985, já no chamado período democrático, Godard teve seu filme Je vous salue, Marie proibido por aqui.

A bola da vez é A Serbian Film - Terror Sem Limites. Inicialmente programado para um festival de cinema na Caixa, os distribuidores receberam uma mensagem curta e seca retirando o filme da mostra. A sessão foi transferida para o sábado no Cine Odeon e dessa vez virou caso de justiça.

Segundo Renato Silveira, no site Cinema em Cena, a juíza Katerine Jatahy Nygaard, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro, acatou um pedido do diretório regional do partido Democratas (DEM) para que a sessão fosse cancelada, a cópia de A Serbian Film foi recolhida no Odeon. Em seguida, a desembargadora Gilda Maria Dias Carrapatoso, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, manteve o veto à exibição do longa-metragem ao analisar pedido de efeito suspensivo feito pela distribuidora Petrini Filmes.

Essa questão nos levanta uma discussão séria sobre os rumos que a cultura vem tomando. Feito um câncer silencioso, as instâncias da justiça, dos meios de comunicação e do governo vem tomando atitudes que lembram os embargos sofridos no período da ditadura. Foi assim em 1975 que proibiram a exibição da novela Roque Santeiro de Dias Gomes por ferir a moral, os bons costumes e a Igreja. Assim também a Rede Globo pediu aos autores de Insensato Coração que esfriassem as cenas românticas e as discussões políticas no núcleo gay. Assim silenciosamente, vamos nos tornando reféns de uma crença que o público não tem discernimento.

Foi baseado em achismos que no final da década de 90 o filme Fight Club (Clube da Luta) foi retirado precocemente das salas de cinema. O estudante de medicina que entrou num shopping atirando teria assistido ao filme, na verdade, o assassino disparou seus tiros antes da sessão de estréia.

Segundo consta, juíza e desembargadora não assistiram o filme, nem os representantes do DEM que efetuaram o pedido de cancelamento. Aliás, difícil encontrar dentro desses alguém que tenha assistido ao filme que só foi exibido no Brasil no estado do Maranhão e do Rio Grande do Sul em festivais. Querem que limitar a imaginação do artista. Pretendem dizer que a arte necessita de um caminho específico com o qual eles concordem. Alguns amigos assistiram, dizem que há cenas desnecessárias. Mas desnecessárias a quem?

Precisamos entender o que nós, espectadores, também queremos. Então são cenas desnecessárias pra mim, isso significa que antes o cineasta deveria fazer uma pesquisa de opinião para criar sua obra.

Segundo a produção do RioFan, festival do qual A Serbian Film foi retirado, Todas as cenas em questão são obviamente sugeridas e orquestradas por uma montagem que as integra numa narrativa dramática e séria cujo intuito é claramente denunciar a crise moral que se abateu sobre o país [Sérvia] após a sangrenta guerra vivida na década de 1990, momento em que vidas humanas eram descartadas sem o menor pudor.

Trata-se de um filme onde cenas grotescas e extremas tem o intuito de chocar o espectador para fazê-lo refletir sobre as questões. Foi assim em Roda Viva, peça com música de Chico Buarque e também proibida pela censura. Pedaços de fígado de animais eram jogadas no público para fazê-lo acordar para o momento histórico-político do Brasil.

Foucault fala bem desses mecanismos do poder quando afirma que as instâncias do poder passam a estabelecer regras a fim de manter o controle sobre a massa, adestrando as pessoas para que cumpram determinadas normas que acreditam ser as corretas. A melhor maneira de se estabelecer essas regras e mostrar às pessoas que o fazem para garantir sua idoneidade moral e física. É nesse ponto que a arte passa a ser vigiada. E se não nos atentarmos imediatamente para este fato, logo passaremos a acreditar numa utópica idéia de que o mundo está muito bem e obrigado.

A Serbian Film” continua com sua estréia em circuito prevista para o dia 5 de Agosto, até que algum juiz proíba.

Para saber mais: Cinema em Cena.

Por 
Jean Cândido Brasileiro

terça-feira, 19 de julho de 2011

MELODRAMA À FRANCESA

Mostra de Sophie Calle 
inspira espetáculo melodramático

Em 2007 a francesa Sophie Calle lançou a mostra Cuide de Você, baseada num e-mail que recebeu do namorado terminando o relacionamento. Na mostra, mulheres de diversas profissões e até uma periquita foram convidadas a dar sua interpretação à carta.

A mostra que transformou Calle numa das estrelas da Festa Literária Internacional de Paraty em 2008 também inspirou a companhia mineira Trupe de Truões. Em tom de melodrama, gênero que o grupo pesquisa, será apresentado no Rio o espetáculo Calle!. Criação coletiva do grupo com direção de Paulo Merísio, Calle! estará em cartaz neste final de semana no Espaço da Cia. dos Atores na Lapa. 

A trupe vem de Uberlândia e diz sobre a criação do espetáculo: Depois de experimentar de diversas formas o melodrama, dialogando com experiências tradicionais do gênero, a Trupe decide olhar para o presente. Qual foi a experiência mais dolorosa da sua vida? E a mais prazerosa? E o paradoxo das duas experiências em uma só, você já teve? Quando termina uma relação, você adentra o universo melodramático? Como você transformaria isto em arte? Você gosta de trabalhar em grupo? Você já abriu mão de uma idéia em função da coletividade? Você acha os mosaicos bonitos? Estas são as questões que inspiraram Calle! 


A peça aborda a vivência amorosa de três casais. que se desfazem e forma novos pares ao longo do espetáculo. A trajetória de cada romance, por sua vez, é intercalada com 
histórias da escritora homenageada.


Calle!
criação coletiva da Trupe de Truões
Direção: Paulo Merísio
Com: Amanda Aloysa, Getúlio Góis, Juliana Nazar, 
Maria De Maria, Ricardo Oliveira e Ronan Vaz 
Sexta a Domingo: 20h (só este final de semana)
R$ 30,00
Espaço Cia. dos Atores
R. Manoel Carneiro, 10, Santa Teresa

segunda-feira, 18 de julho de 2011

QUEM LÊ POESIA, CLICA AQUI

Os 300 leitores de poesia no Brasil 
se revoltam com Paulo Henriques Britto

No último sábado, o caderno Prosa e Verso do jornal O Globo trouxe em sua capa, matéria de Miguel Conde com o título "Não tem Tradução". O artigo tocou no fato de que a poeta britânica laureada em seu país Carol Ann Duffy foi pouco destacada pela imprensa e nunca foi traduzida no Brasil.

O artigo seria um bom mote para que se discutisse as dificuldades de tradução de poesia no Brasil, mas acabou mesmo foi gerando uma roleta russa que atingiu em cheio muita gente. Caminhando para um descompasso irresponsável, alguns entrevistados deram um verdadeiro show. Mas show de impáfia, prepotência e ignorância.

O poeta Paulo Henriques Brito, por exemplo, disse que no Brasil é realmente difícil encontrar tradução de poesia porque só há 300 leitores do gênero no país. Um editor ainda afirma que encomendar tal empreitada é um erro, já que comercialmente é inviável. Deveríamos perguntar à amiga Thereza Christina Rocque da Motta como ela mantém sua editora há dez anos.

O  jornalista Miguel Conde "esqueceu" de citar em sua matéria outra fala do mesmo poeta Paulo Henriques Brito que perguntado na mesa onde participou ao lado da realmente brilhante Duffy a respeito de saraus, respondeu que tais eventos não servem pra nada, a não ser para vender seus livros. 

Então, confrades, o que o referido poeta disse é que projetos como o Arte em Andamento, Corujão da Poesia, Ponte de Versos, Pólem, Ratos Di Versos, OPA, entre tantos outros menos conhecidos no Rio e de outros estados, são inúteis. 

Paulo Henriques Brito desconsiderou o fato que só Ferreira Gullar vendeu entre 2010/2011 quase 10 mil exemplares de seu último livro. Podem falar que é porque Gullar vende, mas gostaria de perguntar se o referido poeta, que só quer saber de vender seus livros, fez uma pesquisa estatística para chegar ao número de 300. Talvez ele esteja considerando o número de leitores que comprou sua obra. Apenas. 

Nós que realizamos tantos saraus e que vivemos praticamente em função da poesia e da arte como poesia, precisamos discutir o assunto com mais militância. É uma convocação. Fazer arte não é só trabalho, é missão. 

De nossa parte, aqui na Confraria de Arte Brasileira, convidamos o senhor Paulo Henriques Brito a frequentar nossos eventos e dos parceiros também para verificar in loco que só no Rio de Janeiro este número é bem maior. Mas pedimos o favor que não leve seus livros, corremos o risco de ter uma banquinha montada em nossas portas com o nome de Quitanda do Paulo. 

Por Jean Cândido Brasileiro

terça-feira, 12 de julho de 2011

MAIS UM ANO NA OFF-FLIP


A terceira participação do Arte em Andamento na Off-Flip - Circuito Paralelo de Ideias da Festa Literária Internacional de Paraty só confirmou a vocação dos dois projetos em promover a arte independente.

Realizamos saraus de Quinta a Sábado em Paraty e cada dia teve sua particularidade e riqueza. 

Lucas Castelo Branco
O sarau de abertura foi no Restaurante Zaratustra, um lugar super aconchegante no Centro Histórico e que contou com a galera da Poesia Maloquerista, além de amigos como o ator e palhaço Lucas Castelo Branco, a poeta Leila Oli, entre vários artistas de diversos lugares do país.

O segundo dia foi uma grande surpresa até para a Confraria. Diante da impossibilidade de realizar o sarau no Barril Pub em função da festa de Santa Rita, o Clube dos Autores nos convidou para poetizar em sua casa também no Centro Histórico. Foi uma noite muito especial e saímos de lá com o compromisso firmado de transformar o local em abrigo anual do Arte em Andamento.

Jean Cândido Brasileiro
com camiseta do Clube de Autores
O sarau de encerramento do Arte em Andamento na Off-Flip 2011 foi no já tradicional La Luna Restaurante. A noite foi de festa e aconchego na comemoração do aniversário da poeta e parceira Thereza Christina Rocque da Motta. O sarau contou ainda com a presença ilustre de Tavinho Paes.

Nesta mesma noite, a Confraria de Arte Brasileira lançou a pedra fundamental da realização periódica de saraus na cidade de Paraty bimestralmente. Quem quiser, é só chegar!




A poeta Thereza Christina Motta fez aniversário
no Sarau Arte em Andamento

A nova casa do Arte em Andamento está concluindo suas obras. Podemos adiantar que será em Botafogo. Preparem-se confrades!

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sábado, 2 de julho de 2011

ARTE EM ANDAMENTO NA OFF FLIP 2011

clique para aumentar a imagem e veja a programação
Cumprindo sua trajetória, o Arte em Andamento, atualmente em recesso no Rio de Janeiro, retoma suas atividades na programação oficial da Off Flip. 

O Circuito Paralelo de Ideias da Festa Literária Internacional de Paraty recebe o projeto em três locais diferentes para um sarau. 

O primeiro sarau, que será realizado na próxima quinta-feira, será um pocket no Zaratustra Bar. O evento terá a duração de duas horas. Apenas um gostinho para o que virá pela frente.

Na sexta-feira, realizaremos um sarau no Barril Pub Chopperia com duração de um sarau normal e em seguida, depois da meia noite vamos para o Corujão da Poesia na casa do Príncipe Regente.

E no sábado, nosso tradicional encontro para comemorar grandes momentos no La Luna Restaurante. A noite será ainda mais especial porque esta edição será um sarau de aniversário da poeta e editora Thereza Christina Rocque da Motta da Ibis Libris.

Participe conosco!

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

ENQUANTO A FESTA NÃO COMEÇA

O Arte em Andamento está em recesso. Enquanto não voltamos com muitas novidades, assista o primeiro episódio do webprograma produzido pela Confraria.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

AMANHÃ, OS NOVOS LIVROS


Há um princípio que rege os livros, e este é a permanência. Por mais que tentemos nos eternizar em nossos gestos e ações, apenas as palavras captarão toda a essência do que somos. Nelas restará dito o que pensamos, em última instância. E não basta dizê-las, temos de escrevê-las, grafá-las do melhor modo, editá-las e, finalmente, publicá-las.

Essa publicação que nos vem à mente e depois às mãos, segue um ritual prévio, que se inicia muito antes de tentar visualizá-lo como coisa concreta. Um livro é toda uma ideia concebida num estalo, a percepção de se poder dizer algo de modo específico e único e, através de nossas palavras, capturar o espírito de tudo o que mais nos importa.

Isso pode ser dito em um poema, em um conto ou romance, ou mesmo numa tese, numa carta, num ensaio. A palavra tem esse dom de perpetuidade, que toda vez ao ser pronunciada, traduzida, ou interpretada, pode suscitar várias reações, de perplexidade ou de compreensão. As ideias viajam nas palavras. E dizê-las faz toda a diferença.


Escrever é esse ofício de labutar com palavras - e a força que elas contêm é maior e melhor do que todo o esforço humano de fazer qualquer outra coisa. As outras coisas são feitas, é claro, mas foi uma palavra, um verso, um texto que as motivou. Colombo atravessou o Oceano Atlântico por causa do livro de Marco Polo. O "Romance da Rosa" foi escrito por causa das cartas entre Abelardo e Heloísa, e sempre um livro puxou outro, por causa de um poema, outro foi escrito, por causa de um romance, outro romancista se debruçou sobre sua própria obra. Machado de Assis foi um tipógrafo quando jovem e começou a ler o que lhe davam. E esse mesmo labor tornou-o escritor de seus próprios pensamentos.

Hoje, não é diferente. Os livros tomam forma, pois, para cada pessoa, há um sentido no que escreve, como para o músico, só a música o protege, e para o pintor, as tintas respondem ao seu movimento. O escritor não é diferente de qualquer artista, e para o seu ofício basta escrever em qualquer lugar, num caderno ou laptop, numa folha de papel solta, num bloco encontrado ao acaso.

Para mim, todo livro se apresenta como desafio de projetá-lo para o futuro. Seja a moça que queira publicar os primeiros poemas, ou o cavalheiro, as suas memórias, o livro é o elo entre o aqui e o agora e o amanhã.

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2011 - 23h32 - Dia de Santo Expedito

Por Thereza Christina Rocque da Motta
Fundadora da Ibis Libris Editora
Texto também disponível em http://ibislibrisbooklog.blogspot.com/

ATENÇÃO: O ARTE EM ANDAMENTO ESTÁ EM RECESSO. EM BREVE NOVAS EDIÇÕES DE MUITA ARTE PARA TODOS NÓS

segunda-feira, 28 de março de 2011

SÃO OS SARAUS DE MARÇO FECHANDO O VERÃO

Para fechar o verão, além das águas,
o Arte em Andamento faz sarau

Hoje tem mais uma edição do Arte em Andamento na URCA, na Rua Marechal Cantuária, 10 ap 02. O Art Hostel Rio abre as portas mais uma vez para a confraria realizar seu sarau e com a bênção dos artistas que pelo bairro já passaram.

Este verão será realmente inesquecível para todos que estiveram nas edições do Arte em Andamento. Projetos novos surgiram e foram mostrados no sarau, como o grupo vocal Feminina, a novidade também foi marcada pela força dos saraus acústicos, desplugados, mostrando que não só de amplificadores vive a música e a poesia. 

A edição 55 do Arte em Andamento, último da temporada Verão Acústico, acontece hoje a partir das 20:00, o horário de término continua sendo 0:00, então chegue cedo!

quinta-feira, 24 de março de 2011

A URCA TEVE UM VERÃO DIFERENTE

Arte em Andamento na Urca:
um verão que vai deixar boas lembranças

Até a próxima segunda-feira o Arte em Andamento terá completado três edições no Art Hostel Rio da Urca. Enquanto esperamos a reforma do Espaço Multifoco na Lapa se concluir, a Confraria vai realizando suas edições do sarau no terraço do albergue aos pés do Morro da Urca e de frente para o Corcovado. 

Sob a benção de grandes artistas que por ali passaram e que ainda passam (o rei Roberto Carlos e o músico João Donato moram na Urca) o Arte em Andamento vem celebrando a arte de um modo muito especial e que está deixando um gosto de "queremos mais". 

Venha participar do Arte em Andamento nesta segunda-feira, 28/03, na edição de fechamento da série Verão Acústico, que já se tornou nosso selo oficial para a estação mais quente do ano. 

Faça esta festa das artes conosco!

Arte em Andamento
Edição 55 - 28/03
Rua Marechal Cantuária, 10 ap 02 - Urca
a partir das 20:00

segunda-feira, 21 de março de 2011

POESIA NO METRÔ

 Arte em Andamento participa do sarau do Ponte de Versos
na Estação Cidade Nova

Muitas novidades para o encerramento da IV Semana da Poesia do Rio de Janeiro. Além do lançamento do livro de poemas de Cairo Trindade, às 18h na Casa de Cultura Laura Alvim, poesia nas estações do metrô.

5 estações receberão os movimentos poéticos nesta segunda-feira, a partir das 11:00.

Às 11:00 as estações Carioca e Central receberão Ellas & Os Monstros e Elisa Lucinda, respectivamente. Às 15h, a Estação Siqueira Campos recebe o grupo Poesia Simplesmente e às 16h a Estação Nova América/Del Castilho recebe Claufe Rodrigues, Mano Melo e e Mônica Montone.

O projeto Arte em Andamento estará presente na Estação Cidade Nova, às 16:00 com o sarau do Ponte de Versos. O evento organizado por Thereza Christina Rocque da Motta da Editora Ibis Libris, conta com o apoio de Jean Cândido, da Confraria de Arte Brasileira.

Na programação do Ponte de Versos está Caio Prado, Manoel Herculano, Daniel Novik, Organismo Diálogos Poéticos, Rolo, Roberta Dittz, Indiana Nomma, Cristina Terra, Rosália Milsztajn e Madame Kaos.

Então, não é por falta de tempo que você não poderá participar. É só dar uma chegadinha na estação mais perto de você!

E atenção, na próxima segunda-feira, tem Arte em Andamento - edição 55, na Urca!

sábado, 19 de março de 2011

LEVE E FORTE COMO UMA BOLHA DE SABÃO

A última edição do Arte em Andamento foi repleta de
surpresas, estreias e belos momentos

Num único dia comemorou-se o Dia Nacional da Poesia, o aniversário de Castro Alves e também de Glauber Rocha. Tantas comemorações mereciam ser a abertura da IV Semana da Poesia do Rio de Janeiro e o Arte em Andamento realizou esta abertura com muita arte e confrades celebrando a liberdade de expressão.

Dentro de mais um Verão Acústico, o Art Hostel Rio abriu suas portas na Urca para realizarmos a edição 54 do sarau. Ellas & Os Monstros estiveram presentes dizendo belos textos de Torquato Neto e Chico Buarque. Leão Leibovich, Thereza Christina Rocque da Motta e Isa Blue também estiveram presentes e presentearam também. 

Glaucia Chris apresentou junto com Patrícia Grregory e Jane Balzana seu novo grupo vocal Feminino. Dalberto Gomes e a galera do Ratos Di Versos também prestigiaram nossa noite e engranderam o sarau.

Continuando as atividades da IV Semana da Poesia, o Arte em Andamento estará junto com o Ponte de Versos realizando um sarau na estação do metrô Cidade Nova, nesta segunda, 21/03, a partir das 16h até às 18h. É só chegar!

A próxima edição do Arte em Andamento será na segunda, 28/03, na Urca. Venha fazer conosco uma linda festa das artes!

Siga o Arte em Andamento no Twitter: @arteemandamento.
Para ver outras fotos de Roberta Dittz da ed. 54, clique aqui.

sexta-feira, 18 de março de 2011

ODE AO CONTEÚDO LIVRE E BARATO

 Ninguém está ganhando nada para produzir o blog, 
mas mesmo assim uma confraria de blogueiros fizeram


Esta semana o grande assunto nas timelines das redes sociais não foi a visita de Barack Obama ao Brasil, mas sim o projeto do blog de Maria Bethânia que todos consideraram muito caro diante do meio internet.

O projeto previa a captação de R$ 1.350.000,00 (se ficar difícil de decifrar - um milhão e trezentos e cinquenta mil reais). O salário mensal de direção artística do projeto que ficará a cargo de Bethânia está no valor de R$ 50.000,00. E segundo o MinC, o valor total do projeto ainda foi descontado em R$ 400.000,00.

Num período em que as discussões estão aquecidas com a questão dos direitos autorais, conteúdo livre na internet, foi criado esta semana um blog que transforma a ideia de Bethânia em algo um pouco mais, digamos, simples e barato.

Se Bethânia diz que o mundo precisa de poesia (nome de seu projeto), a blogueira Ana Recalde criou o blog "A poesia precisa de um mundo", projeto que conta com a colaboração do roteirista Felipe Hansell e do ator e escritor Jean Cândido, diretor do Arte em Andamento e terá vídeos de poetas do país inteiro dizendo seus próprios textos.

Quem, inclusive, já está lá é a nossa confrade Roberta Dittz com seu vídeo Descontinuidades.

Bethânia propôs 365 dias de poesia, o blog de Ana Recalde fará o mesmo, mas com poetas de todos os tipos e lugares. Quer conhecer o blog que já está no ar? 
Clique em www.apoesiaprecisadeummundo.blogspot.com e participe enviando para apoesiaprecisa@gmail.com

ATENÇÃO - POESIA NO METRÔ

Nesta segunda-feira, fechando a IV Semana da Poesia do Rio de Janeiro, os movimentos poéticos farão poesia nas estações do metrô. O Ponte de Versos junto com o Arte em Andamento estará na segunda, às 16:00 realizando um sarau na Estação Cidade Nova. O espaço é aberto aos poetas! Venham fazer arte no metrô e transformar este evento em rotina no Rio de Janeiro!