FUNARTE PROMOVE NOVO FORMATO DO ANTIGO PROJETO "MAMBEMBÃO"

Espetáculo "Perfume de Argamassa" (GO) presente na mostra

Realizado com muito sucesso entre o final da década de 70 e 1990, a mostra de teatro Mambembão recebe nova roupagem e volta a acontecer a partir de amanhã no Rio de Janeiro. A Mostra que começou no dia 23 de fevereiro e vai até 1º de abril é, na verdade, piloto para um projeto maior que abrangerá outras cidades-satélites além do Rio de Janeiro.

O projeto Mambembão tem como principal objetivo trazer espetáculos brasileiros que tiveram sucesso de público e crítica, mas que não têm possibilidade de viajar para o circuito Rio-São Paulo.

Este ano, 20 espetáculos de teatro e dança com a participação de 15 companhias das cinco regiões do Brasil farão parte da programação que se divide entre o Teatro Cacilda Becker, Dulcina e Glauce Rocha. 

Segundo o curador da mostra, o crítico Macksen Luiz, a escolha das montagens não leva em consideração características regionais como no formato antigo, e sim a atualidade da cena brasileira, mas a partir de diferentes gêneros e processos de pesquisa e investigação de linguagem.

A mostra de dança é organizada por Regina Levy com predomínio de solos e duos. Para ela, o mais importante para mim foi fazer com que houvesse o máximo contato com as novidades de cada região, em uma troca de experiências e colaboração entre os grupos.

Confira a programação completa da mostra, clicando aqui.

MOSTRA FUNARTE DE TEATRO E DANÇA

De 23 de fevereiro a 1º de abril – Rio de Janeiro

Locais

Teatro Cacilda Becker

Rua do Catete, 338 – Rio de Janeiro

Tel: 2265-9933

Teatro Dulcina

Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro – Rio de Janeiro

Tel: 2240-4879

Teatro Glauce Rocha

Av. Rio Branco, 179 – Centro – Rio de Janeiro

Tel: 2220-0259

POETAS CELEBRANDO O DIVISOR DE ÁGUAS

A edição do Arte em Andamento desta segunda foi especial. Comemorando os 90 anos da Semana de Arte Moderna, tivemos uma verdadeira mesa redonda sobre os desdobramentos e a importância do evento para a arte brasileira. 

O sarau foi aberto com a leitura do Manifesto Antropofágico escrito por Oswald de Andrade e todos os importantes poetas daquele momento deram o ar da graça: Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Pagu e Ronald de Carvalho. Mas também tivemos Cecília Meireles e obviamente Drummond. 

Contamos com a presença de Eduardo Tornaghi, coordenador do Pólem (Poesia no Leme), evento que acontece toda quarta-feira na praia do Leme e também Pedro Tostes e Solange Padilha. 

O sarau foi encerrado com a leitura de "Os Sapos", o famoso poema de Manuel Bandeira que foi vaiado no Theatro Municipal de São Paulo quando lido por Ronald de Carvalho em 1922. Dessa vez, na voz de Tornagh, aplausos aclamaram o divertido e sarcástico poema. 

Que venha o próximo sarau.  

ARTE EM ANDAMENTO NA MÍDIA

A Usina da Comunicação colocou o Arte em Andamento na mídia. Confira em nossa página no facebook.

Conheça o trabalho da Usina da Comunicação.

Veja as fotos da edição 63 do sarau Arte em Andamento, clique AQUI

Assista o vídeo de Eduardo Tornaghi lendo "Os Sapos" de Manuel Bandeira

PERCURSO AFETIVO DE TARSILA

Antropofagia (1929)

A vida de Tarsila do Amaral é tão rica de nuances quanto sua obra. E parte desse percurso pode ser conferido no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro. 

A artista, nascida em Capivari/SP no ano de 1886 e falecida em 1973 é mais conhecida nas escolas por causa de duas obras: O Abaporu e Antropofagia. Sem dúvida alguma, emblemáticas, mas que nem de longe conseguem compactar a capacidade artística da pintora. 

A Boneca (1928)

Na década de 20, ainda bastante rica, Tarsila estudou na França onde pintava modelos nus e somente em 1922, apresentada por Anita Malfatti a Oswald de Andrade, que se tornaria seu marido e a Mário de Andrade e Menotti Del Picchia, é que a artista passaria a integrar os ideais modernistas, tanto que se tornou a musa do movimento - foi sua obra Abaporu (que significa "homem que come carne de homem") que inspirou Oswald ao movimento antropofágico. 

Mas Tarsila foi além. Depois de abandonada por Oswald que se enamorou de Pagu e perder toda sua fortuna por causa da crise de 29, ela foi para a União Soviética e chegou a trabalhar como operária e pintora de portas e paredes. Iniciou sua fase Social, de onde outra famosa obra surgiu: "Operários". Mas a artista também se aproximou do cubismo e essa influência pode ser percebida em alguns quadros expostos no CCBB.

Os curadores artísticos da exposição "Tarsila do Amaral - Um percurso afetivo" dizem ter se baseado em um caderno de viagens da artista para compor a exposição. Suas obras ocupam duas salas pequenas e uma maior do CCBB, bem inferior à exposição de Anita Malfatti em 2010. Vale a pena porque há 43 anos o Rio de Janeiro não tem a oportunidade de ver as obras de Tarsila expostas, mas ainda é pouco. 

Anjos (1924)

Os quadros não seguem necessariamente uma ordem cronológica o que dificulta aos não "iniciados" uma noção do desenvolvimento artístico da pintora. Por ser um percurso afetivo, faltam também informações a respeito da vida de Tarsila. 


O público pode deixar as expectativas de lado, o Abaporu não se encontra no CCBB, tampouco Operários ou A Negra. Os curadores explicam que é muito difícil reunir a obra de Tarsila numa exposição, já que há muitas pelo mundo que demandam sua presença. 

Para um primeiro contato pode ser o bastante, mas agora aguardamos um percurso mais completo sobre a obra da artista que influenciou com sua sensibilidade o Modernismo brasileiro.

Tarsila do Amaral - Percurso afetivo

Até 29/04 (exceto às segundas-feiras)

CCBB Rio de Janeiro

Rua Primeiro de Março, 66

Entrada franca


Saiba mais sobre Tarsila no site www.tarsiladoamaral.com.br

ARTE EM ANDAMENTO

E não perca hoje! O Arte em Andamento comemora os 90 anos da Semana de Arte Moderna. Venha fazer uma festa das artes conosco!

O sarau acontece na Livraria do Bardo - Av. Rainha Elizabeth, 122 - Copacabana, às 20h (Até 0h). A entrada é franca e o espaço é aberto para quem quiser se apresentar com música, poesia, esquetes teatrais ou performance.


Saiba mais sobre o evento clicando aqui.

SARAU COMEMORA OS 90 ANOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA

Nesta segunda-feira, o Arte em Andamento comemorará os 90 anos da Semana de Arte Moderna. A semana aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922.

Dentre os principais poetas presentes na mostra estava Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Menotti Del Picchia. As artes plásticas foram representadas por Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e a música contou com um luxuoso concerto de Heitor Villa Lobos, que foi, inclusive, vaiado em sua apresentação. 

O Arte em Andamento comemora, relembra os poetas da época, mas convida os poetas desta época para mostrarem seus trabalhos. Músicos são sempre bem vindos. Vamos fazer uma linda festa das artes! 

A entrada é franca e o sarau acontece na Livraria República do Bardo, na Av. Rainha Elizabeth, 122 - Copacabana. O evento começa às 20h e vai até a meia noite.

Leia mais sobre os 90 anos da Semana de Arte Moderna no post do blog.


Saiba mais sobre o evento, em nossa página do facebook.

OS 90 ANOS DO MOVIMENTO QUE MUDOU A ARTE NO BRASIL

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro, o Theatro Municipal de São Paulo foi palco do movimento artístico mais controverso e abrangente do país. A Semana de Arte Moderna propriamente não teve grande importância no momento em que ocorreu, mas sim o seu desdobramento. 

Oswald de Andrade

As sessões, que se estenderam por três dias no teatro, foram na verdade uma forma de exibir ao público ideias nacionalistas pautadas num ideal libertário. O grande precursor dos ideais modernistas, provavelmente foi Oswald de Andrade totalmente impregnado pelo futurismo do poeta Filippo Tommaso Marinetti. É famosa a expressão de Oswald dizendo que estávamos atrasados 50 anos chafurdados no Parnasianismo. 

Nas artes plásticas, Anita Malfatti e Lasar Segall demonstram suas influências não acadêmicas e pós-impressionistas. Na ocasião, Anita foi fortemente criticada por Monteiro Lobato, o que gerou grande confusão. Em 2010, o CCBB realizou uma excelente exposição exibindo a trajetória de Malfatti e comentada aqui no blog. 

Manuel Bandeira

Manuel Bandeira, hoje considerado um dos mais influentes modernistas, apesar de não ter participado do evento por estar com crise de tuberculose, publicou A Cinza das Horas e Carnaval e teve seu poema "Os Sapos" lido por Ronald de Carvalho e vaiado pelo público presente.

Foram dias agitados aqueles e diversos outros movimentos surgiram a partir da Semana. O Movimento Pau-Brasil, capitaneado pelo então casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral e o Movimento Antropofágico.

E por falar em Tarsila, o CCBB Rio realiza um percurso afetivo pela obra da pintora que expôs pela primeira vez há 86 anos atrás. Mas este é um assunto pra um próximo post.

Os organizadores da Semana de Arte Moderna,
à frente Oswald de Andrade.

SARAU CELEBRA A POESIA DAS RUAS

A próxima edição do Arte em Andamento celebrará a poesia das ruas. Muitas vezes considerados incômodos com sua famosa abordagem "Você gosta de poesia?", os poetas que vendem seus livretos, na maioria xerocados, nas portas de centros culturais, faculdades e comércios são aqueles que podemos chamar de "militantes da poesia".

Segundo Ana de Oliveira, do site Tropicália, "Poesia de mimeógrafo" foi uma das formas de se batizar a produção de alguns poetas que, durante os anos 70, passaram a lançar seus livros a partir de cópias feitas, literalmente, em máquinas de xerox e mimeógrafos. Suas poucas cópias eram vendidas de mão em mão, em envelopes ou outros suportes de criação, produção e distribuição do poema. Com poucas cópias, seus trabalhos circulavam de forma restrita entre públicos de "iniciados" ou de pessoas que frequentavam eventos como shows, exposições, portas de cinemas ou bares da moda. Também conhecida com o nome genérico de "poesia marginal", essa poesia foi marcante para toda uma geração que buscou, por meio da literatura, alguma forma de atuação cultural fora dos padrões oficiais da academia e da crítica literária.

Dentre os poetas presentes na ed. 62 do sarau, estarão Lucas C. Lisboa que acaba de lançar seu livro "Sobre Máscaras e Espelhos" pela Sapere Editora e Cláudia Tonelli, também militante da poesia na rua. 

O espaço do Arte em Andamento continua aberto para quem quiser participar. Qualquer manifestação artística é bem vinda. A entrada é franca. Venha fazer esta festa das artes conosco!

SARAU ARTE EM ANDAMENTO - ed. 62

A Poesia está na Rua

Quando: 13/02

Horário: 20:00

Onde: Livraria do Bardo

Av. Rainha Elizabeth, 122 - Copacabana


Para maiores informações sobre o evento, Clique aqui

AS CANÇÕES QUE ELES DANÇARAM PARA NÓS

Que Roberto Carlos é o nosso ícone popular, não há como negar. Que 9 em cada 10 cantores brasileiros antenados já regravaram o Rei, também não é de se desconsiderar. Mas de todas as maneiras de se mostrar a música de Roberto, talvez o coreógrafo Alex Neoral tenha conseguido inovar.

A Focus Cia. de Dança reestreou no SESC Copacabana o espetáculo "As Canções que Você Dançou pra Mim". O espetáculo conta com quatro casais de bailarinos que encantam até a plateia mais leiga no assunto "dança contemporânea".

Utilizando como cenário apenas cadeiras transparentes, a música de Roberto fica ainda mais emocionante e presente quando dançada no palco do Sesc. São 72 músicas cantadas pelo Rei, nem todas de sua autoria, mas sem dúvida imortalizadas com sua interpretação como, Outra Vez (Isolda) e o Calhambeque, versão do amigo Erasmo Carlos para a música de John e Glen Loudemilk.

O próprio Alex Neoral participa do espetáculo por ele concebido, mas os outros integrantes não deixam nada a desejar ao mostrar em cena todas as possibilidades do amor. Um dos destaques é a coreografia onde os bailarinos se beijam ininterruptamente causando frisson e uma homenagem às mães presentes na plateia com a música Lady Laura. Não há pessoa que não encha os olhos de lágrimas. E claro que no final, rosas vermelhas são distribuídas ao público.

As Canções que Você Dançou pra Mim é imperdível. Não é ilegal, nem engorda, mas com certeza você vai gostar muito.


AS CANÇÕES QUE VOCÊ DANÇOU PRA MIM
Focus Cia. de Dança
direção e coreografia: Alex Neoral
com: Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Marcio Jahú, Marisa Travassos, Mônica Burity, Rodrigo Werneck e Thiago Sancho
SESC COPACABANA
Até 12/02
quinta a sáb: 21h
domingo: 19:30


De 23/02 a 26/02
quinta a sáb: 21h


R$ 20,00, R$ 10,00 (estudantes e idosos), R$ 5,00 (associados do SESC)

E nesta segunda tem Sarau Arte em Andamento celebrando a poesia que está na rua. Venha participar da festa das artes! Entrada franca. Clique aqui para maiores informações!