terça-feira, 6 de abril de 2010

SARAU DOS ARTISTAS VIRTUAIS: Contribuições

Foi uma boa experiência realizar um sarau que contemplasse ao mesmo tempo participantes reais e virtuais.

E foi (quase) perfeito porque justamente nesta data, o Rio de Janeiro foi tomado de uma forte chuva e a conexão on line foi comprometida. De qualquer forma, continuaremos a buscar aperfeiçoamento para a ideia.

No mais, recebemos ótimas contribuições com textos e vídeos.

Lúcia May da Silveira enviou por facebook, acompanhando o projeto de Paris.

AOS 3 ANTONIOS: MEMÓRIA Se já peguei um, aos quase 11 No meu colo de mãe ainda puro... Aos quase 57, posso pegar os 2 outros: O pai e o bisa, no que apreendi a acolher Colher, escolher, resolver, renascer, E ter os três presentes na aba de meu chapéu No brilho de meu anel Ou no sentimento ilha que as vezes levo no véu de meu sorriso Eles já me atrapalharam, me fizeram edificar muros Me marcaram por uma doença Mas, agora, talvez pela doçura do primeiro Pela doçura inconstante dos dois outros, E, pelo descobrimento de minha própria doçura, me dando constantes abraços, Aqueles que a História fantasiada parecia amordaçar, Sei dizer a verdade Sem intenção de ferir ou desatinar.

Camila Durães, que já participou de várias edições conosco, agora está morando em Minas e enviou por e-mail:

Chuva fina que cai, quando todas as plantas exalam seu cheiro

Vem todos os perfumes de flores pequeninas, rosas, vermelhinhas, vão florindo também as amarelinhas.

As onze horas, de rosa escuro, chocante, rosa com coroa amarela

A lavanda como acalma, exala melhora a fala, me cala.

A Érica debruçada na janela, entre a acerola que nunca vem, tem a mirra com presente.

Anis como doces balas e chá de funcho.

A losna o boldo, amargo de nó no estomago.

Manjericão, perfume de doce Mangerona, terra molhada, de São Jorge a espada.

Rendas portuguesas bordam as pontas da colina

A alfazema cheiro de casa de vó, e dama da noite, enchendo a noite doce de perfume antigo.

Orégano como cabelos anelados e cheios de perfume de verde

Suculentas, do tempo quente, da caatinga os cactos, pequenos enrugados, flor de longo galho.

No meio delas uma flor mansinha, mas coitadinha, tão perseguida e maltratada, é a plantinha proibida de ser cultivada.

Olfato vindo da natureza, da bondade da planta, verde vida, verdade, cheiro bom pra alma de homem feito de amor.

Os textos foram lidos ontem durante o sarau.

A cantora Gisa Pithan enviou o link do vídeo de sua música "Farinha do Mesmo Saco"



E a escritora Flá Perez também enviou sua contribuição em um vídeo-poema.




Em breve, os melhores momentos do sarau que aconteceu mesmo com toda aquela chuva e os vídeos que recebemos estarão disponíveis na nossa WebTv.

Até a próxima!

Um comentário:

  1. Espero que tudo dê certo.
    gostaria de ajudar, vou procurar saber como, daqui de longe
    bjbjbj

    ps: o vídeo chegou a ser visto no sarau?

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