A sexta edição do Arte em Andamento foi em homenagem a Cora Coralina e tivemos a presença do Projeto Psiu, além do poeta Tarcísio que fez um belíssimo texto com trechos de poemas de Cora.
O curta-metragem da noite foi "Pedra do Sal" de Juliana Chagas e Renata Schiavini, documentário produzido sobre o Morro da Conceição e sua mitológica Pedra do Sal onde crianças brincam e onde nasceu o samba.
Depois do curta, muita poesia, música, performances e como sempre, o espaço aberto para quem quis se apresentar.
E no final da noite, como uma cavalaria artística, o Arte em Andamento recebeu de surpresa um grupo de músicos que foram adentrando o espaço e montando seus instrumentos. Foi um belíssimo show com músicas instrumentais de Jacob do Bandolim e outros.
Outra novidade do projeto é o Programa Arte em Andamento. O primeiro episódio já pode ser visto e o segundo está em produção.
Nesse primeiro episódio, além de mostrarmos os melhores momentos da quarta edição, também falamos um pouco sobre Glauber Rocha e o Tempo Glauber, espaço que abriga todo o acervo do cineasta.
Assista e opine!
Programa Arte em Andamento - Episódio 01
Cora Coralina
Cora Coralina (Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas) — 20-08-1889/10-04-1985, é a grande poetisa do Estado de Goiás.
Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa".
Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. E
Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência.
Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922.
Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais".
Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana.
Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.
Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
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