sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O SÁBADO DE CARLOS GOMES

Neste sábado teremos a quarta edição da Matinê Arte em Andamento com música e poesia. Uma verdadeira festa das artes. Exibiremos o curta-metragem "Mnésia" de Oscar R. Junior, cineasta catarinense e a tarde será em memória do compositor brasileiro Carlos Gomes. Como de praxe, o espaço fica aberto para quem quiser ler ou dizer poesia, tocar, cantar. Venha fazer conosco uma tarde embalada por arte!

Carlos Gomes


Filho de Manoel José Gomes e Fabiana Maria Jaguary Cardoso, Antônio Carlos Gomes iniciou os seus estudos musicais aos dez anos, sob a supervisão de seu pai. Em 1854, compôs a sua primeira missa, a de São Sebastião. Depois escreveu o "Hino Acadêmico", a modinha "Quem sabe?" ("Tão longe de mim distante") e a "Missa de Nossa Senhora da Conceição".

Em 1860, mudou-se para o Rio de Janeiro e continuou os seus estudos no Conservatório de Música. Apresentou suas primeiras óperas: "A Noite do Castelo" (1861), com libreto de Fernando Reis e "Joana de Flandres" (1863), com libreto de Salvador de Mendonça.
Com o apoio do imperador Pedro II, viajou para a Itália, onde, depois de ter aulas com o maestro Lauro Rossi, recebeu o título de Maestro no Conservatório de Milão, em 1866.

Em 19 de março de 1870, estreou no Teatro Scala de Milão sua ópera mais conhecida, "O Guarani", com libreto de Antonio Scalvini e baseada no romance homônimo de José de Alencar. Encenada depois nas principais capitais européias, essa ópera deu-lhe a reputação de um dos maiores compositores líricos da época.
Em razão das comemorações do aniversário de D. Pedro II, a ópera foi encenada no Rio de Janeiro e Carlos Gomes permaneceu alguns meses no Brasil, antes de retornar a Milão, com uma bolsa do Imperador, para iniciar a composição da "Fosca", que estreou em 1873, no Scala. Mal recebida pela crítica, mais tarde viria a ser considerada como a mais importante de suas obras.

Depois de compor "Salvador Rosa" (1874) e "Maria Tudor" (1879), Carlos Gomes retornou ao Brasil e fez uma temporada triunfante. Na Bahia e no Rio de Janeiro, dirigiu a montagem de "O Guarani" e de "Salvador Rosa". Ainda na Bahia, apresentou "Hino a Camões" e em São Paulo realizou, no Teatro São José, a montagem de "O Guarani".

A partir de então, Carlos Gomes passou a dividir seu tempo entre o Brasil e a Europa. No Teatro Lírico do Rio de Janeiro apresentou "O escravo" (1889), em homenagem à Princesa Isabel e à Lei Áurea.
Com a proclamação da república, perdeu o apoio oficial e a esperança de ser nomeado diretor da Escola de Música do Rio de Janeiro. Retornou a Milão, onde estreou "O condor" (1891), no Scala.

Doente, deprimido e em dificuldades financeiras, compôs seu último trabalho, "Colombo", que dedicou ao quarto centenário do descobrimento da América. A obra foi encenada em 1892 no Teatro Lírico do Rio de Janeiro.
Em 1895, Carlos Gomes dirigiu "O Guarani" no Teatro São Carlos, de Lisboa, cidade em que foi condecorado pelo rei Carlos I. No mesmo ano, chegou ao Pará, já bastante doente, para ocupar a diretoria do Conservatório de Música de Belém, cargo criado pelo governador Lauro Sodré para ajudá-lo.

Morreu em Belém, em 16 de setembro de 1896.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DIA NACIONAL DAS ARTES

Hoje é o Dia Nacional das Artes.

Parabéns a todos nós artistas e àqueles que amam as artes.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

UM POEMA

Arte em Andamento
Filippo Leandro

É um sabor de arte
é um aroma de poesia
são umas amizades
de flores conquistadas
é um quê, de música
é um toque adocicado
de alegres instrumentos
é um leve cheiro
de sorriso no canto da boca
são gostosas risadas
banhadas de lua
e uma felicidade caramelada
cor de arco-íris
que veio de bem pertinho.

domingo, 9 de agosto de 2009

O DIA DE EVARISTO DA VEIGA

Nesta segunda-feira, 10/08, a partir das 20:30, teremos a edição 18 do Sarau Arte em Andamento. Completando o ciclo da semana iniciado com a matinê no último sábado realizada num clima quente e fraterno, realizaremos o recital poético em memória do poeta Evaristo da Veiga, para quem não conhece foi este poeta quem escreveu o segundo hino mais famoso do Brasil - Hino da Independência.

Exibiremos o premiado curta-metragem Stela do Patrocínio: A Mulher que Falava Coisas do diretor Márcio de Andrade (11º Festival de Cinema de Pernambuco - CinePE: Melhor documentário, 5º Curta Santos: Melhor Documentário, 35ª Jornada da Bahia : Menção honrosa, Seleção Oficial 12º Festival É Tudo Verdade e Seleção Oficial 30º Festival de Cinema de Havana)

Como de praxe, o espaço fica aberto para poetas, músicos, atores e demais artistas que queiram se apresentar com seus trabalhos ou homenagear outros artistas de quem goste.

Venha participar do nosso movimento e fazer uma linda festa das artes!

Evaristo da Veiga

Evaristo Ferreira da Veiga e Barros nasceu no Rio de Janeiro, em 1793. Filho de Francisco Luís Saturnino – professor primário e livreiro –, aprendeu a ler e a escrever com seu pai e, depois, estudou no Seminário de São José. Começou a trabalhar na livraria do pai, que era, naquele tempo, lugar de reunião de políticos e literatos que discutiam os problemas nacionais. Nesse ambiente, Evaristo passou a estudar esses assuntos com interesse. O carioca Evaristo da Veiga foi muito mais importante como jornalista do que como poeta. Em 1827, ainda jovem, lançou a sua "Aurora Fluminense", combateu os desmandos de D. Pedro I e ajudou a fazer a campanha pela Independência do Brasil.

Com a abdicação do imperador, tornou-se a palavra autorizada e ouvida, por sua moderação e patriotismo. Com seus artigos publicados no jornal e discursos proferidos na Câmara (foi deputado algumas vezes), ajudou a impedir que se levasse a efeito o desmembramento do país naquela época.

Sofreu um atentado em 1832, quando foi ferido no rosto por uma bala, mas não se intimidou e continuou a luta. Evaristo influiu decisivamente na formação da Regência provisória e, até a data de seu falecimento prematuro, em 1837, sua opinião sempre foi levada em conta pelo Governo. Escreveu vários hinos patrióticos, inclusive a letra do Hino da Independência, música do Imperador D. Pedro I.

Soneto ao Brasil
Evaristo da Veiga

Minha Pátria, oh Brasil! tua grandeza
Por léguas mil imensa se dilata
Do Amazonas caudoso ao rico Prata,
Os dois irmãos sem par na redondeza:

Das tuas serranias na aspereza,
Na fechada extensão da intensa mata,
No solo prenhe d'oiro se recata
Tosca sim, mas sublime a Natureza:

Da antiga Europa os dons em ti derrama
junto dos mares a civil cultura,
Que das artes, e Indústria os frutos ama:

De teus filhos o amor mil bens te augura,
E aos lares teus a Liberdade chama:
Não: não tens que invejar maior ventura.

(de 17 de outubro de 1821)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O SÁBADO DE LUPICÍNIO RODRIGUES

Na terceira edição da Matinê Arte em Andamento será em memória ao grande compositor brasileiro Lupicínio Rodrigues. Conheça um pouco da história de Lupicínio.

Lupicínio Rodrigues

Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, RS, em 19 de setembro de 1914. Foi o inventor do termo "dor-de-cotovelo". Este termo, ao contrário do que se propagou como inveja - se refere à prática, comum nos bares, do homem ou mulher que se senta no balcão, crava os cotovelos no mesmo, pede um Whisky duplo, faz bolinhas com o fundo do copo e chora o amor que perdeu.

Lupe, como era chamado desde pequeno, tinha três grandes paixões em sua vida: a música, o bar e as mulheres. A música poderia ter convivido com tranqüilidade com as outras duas, mas as mulheres em sua vida jamais entenderam ou conviveram com sua paixão pela boemia.

Constantemente abandonado, Lupicínio buscava em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam abraçados, afogando as mágoas na mesa de um bar - onde, finalmente, conseguia unir suas paixões: amor, música e boemia. Com versos profundos, conseguia tocar todos os corações que paravam para ouvi-lo, dando, a cada um, a sua própria história.

Ninguém soube, como ele, cantar a dor e a desilusão de forma tão genial, sem cair em clichês e lugares comuns. Todas as pessoas que um dia choraram um amor, ergueram sem dúvida um brinde a Lupicínio. Faleceu em Porto Alegre, RS, em 27 de agosto de 1974.

Assista a um trecho de entrevista com o compositor na TV Tupi.




Não perca a Matinê Arte em Andamento. Neste sábado, 08/08, no Garimpo Cultural, Rua Barata Ribeiro, 502 C - lj 7 - Copacabana (galeria quase esquina com Rua Santa Clara).

Acesse também nossa Agenda e saiba as novidades culturais da semana.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

NOSSOS PRÓXIMOS SARAUS


Os próximos saraus do Arte em Andamento estão chegando e esperamos a todos para realizarmos uma bela festa das artes!


Neste sábado, 08/08, a partir das 16:30, teremos a terceira edição da nossa Matinê no Garimpo Cultural em Copacabana, com a presença do nosso querido Projeto Psyou e a exibição do curta-metragem "Breve Passeio" dirigido por Rafael Jardim. Esta edição da matinê será em memória de Lupicínio Rodrigues.

A segunda-feira, 10/08, é dia do nosso tradicional sarau em sua edição 18 no Art Hostel Rio, no Catete. Exibiremos o curta-metragem "Stela do Patrocínio: a Mulher que Falava Coisas" de Márcio de Andrade. Nosso recital poético será em memória de Evaristo da Veiga.
Como de praxe, o espaço fica aberto para quem quiser se apresentar com poemas ou tocando seus instrumentos musicais.

Não perca nossa celebração!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A EDIÇÃO 17, OS ARCANOS E O FUTURO

O Sarau Arte em Andamento chegou à sua edição 17 realizando uma grande festa em homenagem à nossa Mamma Giuly.

Foi realmente uma linda festa com muita música, poesia, alegria, dança e um clima contagiante que só a arte pode nos transmitir.

É muito gratificante ver um projeto que nasceu num papo à mesa de um café ir se transformando nessa comunhão.

Os desafios são grandes. Neste sábado teremos nossa edição 3 da Matinê e a edição 18 do Sarau. Há muitos caminhos a serem trilhados pela frente. Mas alguém duvida de que andaremos?

A parceira Cristina Terra mandou a seguinte mensagem a todos nós:

Arcano 17

A décima sétima edição do Arte em Andamento é representada pelo arcano maior 17, a carta da ESTRELA. Ideias superiores materializadas, arte, beleza, realização do encantamento, proteção espiritual.

Ao ver as fotos de nossa última celebração, pude observar a magia que esta confraria de artistas produz devotados ao prazer de fazer arte pela ARTE.

Mais do que participar, compartilhar é um prazer imenso! Palavras faltam para descrever tal emoção.

Parabéns ao Jean Cândido e Filippo, pela leveza, pela destreza de reunir Almas além dos egos e espalhar contentamento.
Que a Estrela brilhe em nossos corações iluminando nossos passos e nossas intenções .

Com Amor,

Cristina Terra


Veja as fotos e confira você também.